Primeira Imagem de um Buraco Negro

Em 2019, o Event Horizon Telescope capturou a primeira imagem de um buraco negro supermassivo no centro da galáxia Messier 87, confirmando previsões da relatividade geral de Einstein.

DESCOBERTAS

2/3/20251 min ler

Durante séculos, os buracos negros foram apenas uma teoria, um conceito matemático previsto pela Relatividade Geral de Albert Einstein. No entanto, em 2019, a ciência deu um passo histórico: pela primeira vez, conseguimos capturar uma imagem real de um buraco negro.

Essa conquista foi possível graças ao Event Horizon Telescope (EHT), uma rede global de radiotelescópios que funcionou como uma "superlente" do tamanho da Terra. O alvo da observação foi o buraco negro supermassivo no centro da galáxia Messier 87 (M87), localizado a cerca de 55 milhões de anos-luz da Terra.

A imagem revelada ao mundo mostrou um anel brilhante e avermelhado cercando uma escuridão profunda, uma representação visual do horizonte de eventos, a região além da qual nada — nem mesmo a luz — pode escapar. Esse brilho ao redor é formado pela intensa radiação da matéria sendo acelerada e aquecida à medida que cai no buraco negro.

Essa descoberta não apenas confirmou previsões teóricas sobre a existência e aparência dos buracos negros, mas também abriu novos caminhos para a astrofísica. Agora, cientistas podem estudar diretamente a estrutura desses fenômenos extremos e investigar os efeitos da gravidade em sua forma mais intensa.

O sucesso dessa imagem foi apenas o começo. Desde então, novas observações estão sendo feitas para analisar buracos negros em outras partes do universo, incluindo Sagittarius A*, o buraco negro supermassivo no centro da nossa própria galáxia, a Via Láctea.

A primeira imagem de um buraco negro não foi apenas um marco na astronomia — foi um retrato do invisível, uma prova da capacidade humana de explorar os mistérios mais profundos do universo.